Todas as reflexões, Deus primeiramente fala comigo, por que a palavra de Deus é espada de dois gumes ( a palavra do Senhor, que é viva e eficaz e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hb. 4:13)e eu agradeço a Ele todos os dias que tem me dado força e graça nesses 12 anos na presença do nosso Deus eterno, não é facil, mas creio que no final vamos todos da Glorias e Glórias ao Deus por tudo que ele fez e faz em nossas vidas.

Era uma festa religiosa. O povo de Deus espalhado por toda a Judéia saía de suas casas para adorá-Lo. A cidade de Jerusalém estava lotada. Não havia hospedagem para todos. E muitos peregrinos armavam suas tendas para poder participar desse momento de encontro com Deus.
Só que no meio da busca por Deus, ainda há a natureza pecaminosa que insiste em se rebelar contra o Criador. Os dois se olharam. Foram atraídos. Os hormônios clamaram. Ficaram cegos pelo desejo. Não atinaram para as conseqüências. Entraram na tenda para satisfazer a paixão. Enquanto praticavam o ato, o marido chega e pega a sua esposa em flagrante adultério.
Ele não hesita. Leva-a para o templo para que o Sinédrio julgasse o caso. O delito foi a quebra do sétimo mandamento: "Não adulterarás" ( Ex 20.14). A pena era a morte: "Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera" (Lv 20:10). O modo de execução poderia ser o apedrejamento (Dt 22.22-24). No tempo de Jesus havia se tornado prática.
Enquanto isso, Jesus ministrava no templo. Os fariseus não sabiam o que fazer, pois as pessoas queriam ouvi-lo e o consideravam, no mínimo, um profeta. Nesse contexto, a polícia do templo traz a mulher. Deveria ser julgada pelo Sinédrio. Mas disseram: "vamos ver como Jesus julgará o caso?"
A mulher fica de pé no meio da multidão. Jesus estava sentado, escrevendo com o dedo no chão. E lhes disseram: Na Lei que Deus havia dado por intermédio de Moises, tais mulheres deveriam ser apedrejadas - e Tu o que dizes? (Jo 8.4-5).
Se Jesus dissesse que não era para apedrejá-la, iria de encontro a Lei de Moisés, que eles obedeciam. Se Jesus dissesse para apedrejá-la, estaria indo contra a lei de Roma, que dizia que os judeus não podiam executar pena de morte, só por meio de uma sentença romana - foi o caso quando pressionaram Pilatos para que condenassem Jesus à morte.
Dependendo da resposta, Jesus poderia ser culpado de desobedecer a Lei de Deus ou a Lei de Roma. E assim, ficaria desacreditado perante o povo. Jesus escreve com o dedo no chão, sem dar resposta e eles insistem: "Mestre, que devemos fazer com essa mulher?" Qual seria a resposta de Jesus? Ninguém poderia ter dado uma resposta tão sábia e graciosa! "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra". (Jo 8.7).
Cada um reconhecendo suas próprias faltas e pecados, inclusive os religiosos que eram os acusadores e deveriam ser os juízes da mulher. Do mais velho ao mais novo cada jogou sua pedra no chão e saíram,  ficando a mulher sozinha com Jesus. Somente Ele poderia atirar a pedra, mas não o faz. Ele não veio para condenar, mas para salvar (Jo 3.17) .
O grande fato da realidade humana é que todos nós nascemos em trevas, pecadores por natureza. Jesus foi fantástico na sua resposta, mostrando (1) a depravação dos religiosos com sua hipocrisia e (2) a depravação da mulher que era casada e traía o marido (ou noivo).
O pastor puritano Matthew Henry comenta a resposta de Jesus de forma magistral: "1) Quando encontrarmos faltas em outros, devemos refletir sobre nós mesmos, e ser mais severo contra o pecado em nós do que nos outros; 2) Devemos ser favoráveis, não ao pecado, mas às pessoas, e tentar restabelecê-las com espírito de mansidão e entendermos a nossa própria natureza corrupta. Nós somos, ou já fomos, ou podemos ser o que ela é; 3) Ao contemplar o pecado dos outros devemos olhar para nós mesmos e conservar-nos puros."
Cuidemos para que não sejamos como aqueles acusadores, com pedras nas mãos, prontos para julgarmos e condenarmos. Pois devemos entender que somos como a mulher adúltera, um(a) pecador(a). Diante de Jesus, à luz da sua divindade e glória, somos todos carentes da sua graça e misericórdia.
No entanto, Jesus de forma alguma é conivente ou apóia o pecado. Mas, como Deus, age com misericórdia com aqueles que se arrependem (Pv 28.13). Por isso,  finaliza com a seguinte palavra de exortação à mulher: "vá e não peques mais" - Deus perdoa aqueles que se arrependem, mas deseja que não se cometa mais o erro. Enquanto tivermos vida nesse mundo e nos arrependermos dos nossos pecados, Deus nos dará uma segunda chance."A misericórdia triunfa sobre o juízo" (Tg 2.13b)

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